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Wednesday, June 3, 2009

Estação

Era uma vez uma menina que gostava de comboios. Todas as tardes, depois das aulas, corria pelos campos amarelos de Verão e chegava aos limites dos carris. Sentava-se e aguardava. Quieta, atenta, esperava pelo primeiro som. O primeiro som que indicava que o comboio se aproximava.
Quando os carris começavam a vibrar com o movimento, também a menina vibrava de ansiedade. Em antecipação. Quando o comboio aparecia na curva distante, a menina começava a esticar as pernas, deitava-se de costas e afastava os braços do corpo. De olhos fechados, aguardava a passagem do comboio. Forte, telúrico, inebriante.
Com o corpo colado à terra, a menina sentia cada átomo de si a absorver o comboio. Sorria. E sonhava. Sonhava com o dia em que, no fim da linha, alguém a abraçaria e lhe diria «bem-vinda a casa»...

4 alinhamentos:

VCosta said...

Comeste-me o caco todo com esta...

Syzygia said...

Errr... não percebi.
Gostaste ou não gostaste?
*bjs

VCosta said...

Não percebi nada... explica-me como se eu tivesse 4 anos!!!

Syzygia said...

Tens apenas de sentir. Não queiras entender. Não queiras interpretar. Sente, apenas.